TERRA DE NINGUÉM
Uma porta para o imaginário.
Assim é o vasto campo da Internet. Como a um deserto, ou, talvez um mar de
idéias e de qualquer tipo de interação o vazio pode converter-se em uma espiral
de caos ou a mais organizada rede de progresso democrático.
Na medida em que se procura
legislar um campo como este, penso se é possível contar as areias do mar, ou
controlar as ondas , sejam elas leves ou violentas.
De quem é o mar?
Navegar na internet pode ser como alguém tentar invadir o oceano a bordo
de uma jangada, um bote, prancha, jet skis etc. Dependendo da capacidade do
usuário a experiência pode tornar-se tanto divertida como perigosa, desastrosa,
humilhante e até mesmo traumatizante.
Quando se fala em leis para este
uso, julgo que é necessário haver procedimentos quando em relação a Entidades
de ensino, redes sociais e tudo que envolva os aspectos de cidadania. Mas
quando se fala em liberdade, penso que não há no mundo quem possa controlar tal
situação. É o caso por exemplo dos “mestres” da informática, que vão desde
crianças a adultos. Falo dos piratas e independentes. Mas este é um outro
assunto.
Na questão comportamental, de
ética e de valores, julgar os atos cometidos em certas comunidades é como
julgar o pensamento. Imagine se com o meu pensamento pudesse ofender um outro
pensamento, assim o é no cotidiano, nos relacionamentos pessoais e também se
exemplifica da mesma forma no campo virtual, porém, a facilidade de disferir um
pensamento de qualquer atribuição que venha a denegrir alguém ou o que quer que
seja é elevadamente mais alta pois o que se tem diane de si é uma máquina, um
muro de proteção, ou, um oceano de distância.
É muito mais fácil se esconder
ainda que o pc do usuário tenha uma identidade, isso não prova quem de fato o
está usando, cometendo fraudes, roubos
de perfis, etc.
É uma educação ainda mais
refinada a do trato com o relacionamento
no campo virtual, pois se trata de uma área ainda mais sensível, onde se
pudessem, muitos, acredito eu, já teriam desferido agressões não só verbais e
até atos mais nocivos para a vida de outrem.
Não se trata apenas de divulgar
uma lei e suas justas punições. É toda uma questão de conduta e valores que
deve estar enraizada na sociedade como um todo. E a responsabilidade parte dos
que recebem para isto e assim sendo repassada para todas as formas de
liderança. E são estas acredito eu que devem ser monitoradas se estão realmente
a fazer seu papel perante a sociedade. Desde o líder nacional ao líder
familiar. Não é apenas uma cobrança e um alerta, mas de por em prática a teoria
da educação.
Contudo penso que o lado
psicológico é o fator mais importante a ser orientado para seus devidos fins de
acordo com as nomas de conduta de toda e qualquer sociedade. Uma vez que só se
existem leis por causa da preocupação e a prevenção para eventuais
transgressões. Logo, se olhássemos mais para o horizonte do tratamento adequado
ao outro e pensamentos que elevassem o lado cortês e nobre das pessoas, penso
que dificilmente perderíamos tanto tempo com questões de violações ou de
desrespeito, tendo conhecimento que estas condutas inadequadas estão no campo
da ignorância, nada como um remédio adequado para tal anomalia.